09 dezembro 2011

Il est inutile de continuer à nourrir ce jeu


É inútil continuar alimentando esse jogo
Negando o que está há um palmo da minha face
Tu precisarás de mim
E te tocarás ao cair da noite
Se eu não te tocar
Deixa a torrente correr
E confia em mim
Porque nunca te desapontei
Tu estás remoendo os meus remorsos
Deixa assim, não olha para trás
Deixa os cachorros sonolentos dormirem
Mesmo que eu não queira
Tu serás o mais lindo dos meus sonhos
O meu colírio
E eu faria qualquer coisa para te salvar desse mundo
Não haverá réplicas
Não haverá outra chance
A não ser esta que eu te dou
Carpe diem
Carpe mim
Mesmo que eu queira
Tu nunca sairás dos meus pensamentos
E estuprarás meus sentimentos
Que cansaram de lutar contra teus sorrisos
Em frente!
Tu precisarás de mim
Como eu de ti
Então deixa as horas passarem
E verás que...
Mesmo que eu não queira
Tu sempre serás o que me assombra e conforta-me
É inútil respirar
Neste mundo louco
Eu estarei ao teu lado
Por ti eu mentiria
Por mais que fosse evidente
Que quem tivesse cometido o crime fosse tu
Deixa continuar como está
Começa a me dar valor
E não se vá.
Mesmo que eu não queira
Tu serás sempre o que me atormenta, o que me alucina
Admito que não bastará falar
Que o que eu sinto não mudou
Assim, nunca mais me coloque à prova e arrisque perder
O porquê
De tornar a tua existência significativa e resplandecente
Mesmo que eu sucumba ao meu orgulho
Tu serás aquilo que ilumina o dia e a noite
Aquilo que me abarca
A beleza assimétrica que nenhum homem jamais pintou
Jamais volte!
E lembre do que passamos
Não nos submeta a isso
Porque eu já te perdoei
Tu serás aquilo que eu guardarei
Em minhas mãos
Em meu coração
E sempre serei o mesmo, apenas por ti
Mesmo por quê
É inútil discutir
Se vamos estar nos abraçando em pouco tempo
Eu te precisarei
Da mesma forma que tu moverá céus e terras atrás de mim
Agora confie em mim
E fique aqui
Porque
Mesmo que eu não queira
Será o teu retrato mais bonito que um quadro de Da Vinci
Admitir faz-me sangrar
O passado não volta então vamos viver no presente
Porque eu não volto atrás
Embora o passado seja o meu espelho
Mesmo que eu queira
Tu sempre serás o meu motivo maior para sorrir
Algo precioso
Que eu guardo
Eu guardo de todos os males
Passando por tudo o que passamos
Tu saberás
Que ninguém estará lá como eu estarei esperando por ti
Dias e noites por ti

24 novembro 2011

Haiku




Haiku

A noite enluarada
Em um Inverno de sonhos
Ama uma estrela
                                   Tiago Quingosta

17 novembro 2011

Do not say what you feel, what you love, what you dislike, what maltreats me, what fills me with consternation, what exasperates me...


Não fale o que sente, o que ama, o que desgosta, o que me maltrata, o que me consterna, o que me exaspera

Não exprima o que sente,
Quiçá possa parecer verdade.
As alternativas que não possuímos, não as alimente
E deixe subsistir a saudade...

Nossas escolhas não puderam amadurecer.
Então não me larga assim, cobiçando este plus,
Que jamais poderá existir, e por isso me faz padecer.
Joga fora as chaves dos baús.

Nós seguimos atalhos totalmente diversos.
Portanto, não exponha que me ama, a não ser que permaneça aqui.
Nós habitamos, hodiernamente, distintos universos.
Há um precipício entre nós e não sairei daqui.

É muita informação para eu digerir.
Nestas circunstâncias, não diga que minha companhia te agrada,
Se for outrem quem vas sempre ouvir.
Esta coragem não vai mais ser procrastinada.

Eu inferi que não deveria aguardar o incerto.
Eu percebo que virá água do céu, eu já passei por este calvário,
E acredite, não dá mais para te ter por perto,
Conquanto, isto eu faço, quando deveria fazer o contrário...

Translado-te para onde eu vou,
Entrementes, eu já vi esta película repetidamente.
No final infeliz – óbvio ululante – feliz eu nunca sou.
Arrasto-te, mas tu estás sempre ausente.

E quando eu te miro através da cortina de vidro, do outro lado da rua,
Eu testemunho que todas as juras foram maculadas,
E não é a minha mão que o segura.
Por agora, não restaram mais juramentos e promessas para serem quebradas...

Não diga que se compadece, não vou desesperar-me.
Tudo deve ser absorvido,
Porque se estás saltitante de alegria devo acomodar-me,
Mesmo com uma absolvição imprópria, logo foste do teu crime absolvido.

Não diga que pensas em mim, que até então há esperança,
Porquanto não almejo voltar.
Depender da tua insegurança;
Não haveria como se abjugar.

Tu não tens a absoluta asseveração que eu estou a carregar,
E quando tudo ao nosso redor está maravilhoso,
Sentes uma necessidade inarredável e inexorável de estragar.
Não quero ser vítima do teu apego leproso...

31 outubro 2011

Innominate


Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
Merda é marrom às vezes

06 outubro 2011

Letargico sinfonia



Letárgica sinfonia

Encapsule a noite
Cai no vácuo
Que eu estarei aqui contigo amigo
Neste vasto império do medo
Eu ouço
O zumbido dos meus receios
Chocando-se contra meus pensamentos
E infiltrando-se em meu sossego
Eu ouço as cordas
Os metais
Os uivos de horror
É o meu tempo
Perdido no torpor do esquecimento
Banhado pela sofreguidão
Eu nos tranquei
Na cegueira da noite
Num profundo sono
Que antigamente foi perturbado pela luz
Opaca e que nos seduz
Dizendo ser o caminho a se seguir
Mas não podemos acordar
Permita que eu abrigue meu coração no escuro
Eu tento acordar todos os dias
Mas ele não me deixa sair
Daqui
Não há alguém para parar estes violinos
Para a sinfonia, por favor
Acorda-me para a indesejável vida
Um mesmo pensamento tortura-me durante o sono na beira do abismo
“Todo dia temos de acordar e nos deparar com um mundo invisível de descontentamento que nos deixa embriagado”

05 outubro 2011

Des mots, pas seulement des mots...




Palavras, não apenas palavras

Eu não tenho pena das palavras
Sou prolixo
Enfadonho
Fo-da-se
Elas são minhas amigas
Minhas amantes
Minhas inimigas às vezes
Há mais de 5 (cinco) anos tudo o que escrevo é sincero
É verdadeiro
É delicado
É pesado
É nojento
É ininteligível às vezes
Só elas sabem o que querem dizer
Conhecem meu âmago
Mais do que eu mesmo posso conhecer
Das delicadas às grosseiras
Palavras
Eu as amo
Eu amo escrevê-las
Até meus dedos sangrarem