29 agosto 2018

Não tenho tratado


Não me tenho tratado como uma alma
Venho tratando-me como um corpo
Máquina complexa, mas, roupa, perecível

Não tenho escrito novos versos
Nem reciclado antigos
Sombras já se foram
Mas há muito nas entrelinhas a ser trazido para a luz do dia



Tenho amado
Quão grande dádiva
Todavia, preciso tratar-me como alma
Preciso ressignificar
Até meus mais familiares pleonasmos