06 março 2014

Admiráveis alfabetos, etéreas enciclopédias



As aves amorosas ameaçam alianças,
beijar belas bocas balsâmicas,
colocar cheirosas canções cálidas
dentro dos dias.
Eu escolho esses enlaces,
fazendo-me fera ferida, forte, feroz,
germinando gordos girassóis.
Honrando-te haverão hinos,
insígnias incrivelmente ilustradas,
jasmins joviais,
kamizazes, kama sutras,
luas lívidas, lanosas,
monções... Maravilhosas miragens mostrar-se-ão.
Nadaremos nas nuvens nacaradas,
obliterando odiosas ondas, oscilando orgasmos,
preterindo preces, promessas, permitindo prazeres, pores-do-sol,
questionando quiromancias,
rabiscando risos reverberantes.
Segredos sagrados soarão.
Terás tesouros ternos,
ubiquidade única,
volúpias vorazes, veludo, versos,
Wagner, Whitman, Warhol,
Xangri-lás,
Yin-yiangs,
ziquezagues…