31 outubro 2011
06 outubro 2011
Letargico sinfonia
Letárgica sinfonia
Encapsule a noite
Cai no vácuo
Que eu estarei aqui contigo amigo
Neste vasto império do medo
Eu ouço
O zumbido dos meus receios
Chocando-se contra meus pensamentos
E infiltrando-se em meu sossego
Eu ouço as cordas
Os metais
Os uivos de horror
É o meu tempo
Perdido no torpor do esquecimento
Banhado pela sofreguidão
Eu nos tranquei
Na cegueira da noite
Num profundo sono
Que antigamente foi perturbado pela luz
Opaca e que nos seduz
Dizendo ser o caminho a se seguir
Mas não podemos acordar
Permita que eu abrigue meu coração no escuro
Eu tento acordar todos os dias
Mas ele não me deixa sair
Daqui
Não há alguém para parar estes violinos
Para a sinfonia, por favor
Acorda-me para a indesejável vida
Um mesmo pensamento tortura-me durante o sono na beira do abismo
“Todo dia temos de acordar e nos deparar com um mundo invisível de descontentamento que nos deixa embriagado”
05 outubro 2011
Des mots, pas seulement des mots...
Palavras, não apenas palavras
Eu não tenho pena das palavras
Sou prolixo
Enfadonho
Fo-da-se
Elas são minhas amigas
Minhas amantes
Minhas inimigas às vezes
Há mais de 5 (cinco) anos tudo o que escrevo é sincero
É verdadeiro
É delicado
É pesado
É nojento
É ininteligível às vezes
Só elas sabem o que querem dizer
Conhecem meu âmago
Mais do que eu mesmo posso conhecer
Das delicadas às grosseiras
Palavras
Eu as amo
Eu amo escrevê-las
Até meus dedos sangrarem
04 outubro 2011
Stone Cold Hands
Mãos frias de pedra – 06/09/2011, às 01:11h
É uma sensação, uma das mais estranhas
Sentir um carinho teu
É como esfregar a face em uma rocha e arranhar também as entranhas
É como se banhar em uma cachoeira de pedras, aguçando minha dor por estar no breu
Eu gosto da maciez do veludo
Eu gosto do sentimento que é leve
Eu gosto daquilo com o que eu me iludo
Mas a tua mão para nada me serve
Mão fria
Como a de um cadáver
E que machuca com maestria
Cujo peso não consigo ao menos antever
Mãos frias, pesadas, cruéis
Na face, nas costas, arrancando o escalpo
Mãos que afagam, leves, fiéis
São delas que eu sempre escapo
03 outubro 2011
Le pire sans toi
Pior sem você
Eu gosto de fingir que está tudo bem
Para você nunca ir
Eu sei que já morreu o sentimento
Mas quero a sua companhia aqui
Eu coloquei seu sangue no chão
Para você não sair
E joguei fora as chaves da algema que um dia o uniu a mim
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