02 outubro 2013

Kryptonita



Kryptonita

Dói.
Chegar perto de ti corrói.
É como se tu fosses a minha kryptonita,
tornando minha vida uma agonia infinita.

Ao teu redor eu não consigo me mover,
e nada eu consigo entender.
Não consigo nem falar.
Fico congelado pela dor lancinante do falso amar.

Tu és o tendão de Aquiles, o coração de Shiryu, o alho para o vampiro;
a bomba açucarada para o diabético, o antraz que respiro.
És o corte sorrateiro dos cabelos de Sansão
e as garras de ave de rapina em meu coração.

Sempre me deixa de joelhos a tua radiação,
então não tenho escolha a não ser pedir compaixão .
E depois que tu sugas minhas energias, eu já nem sei quem sou.
Doei-me tanto que talvez seja um morto-vivo reanimado pelo amor que acabou.

Queres saber? De ti eu vou me exorcizar...
Vou deixar o orgulho imperar.
Sei que as tuas palavras, enquanto estou imóvel pela kryptonita, costumam me estuprar...
No entanto, um dia, destas correntes, eu irei me libertar!

Tiago Quingosta