08 setembro 2011

The path, the window, the rain and my home...



O caminho, a janela, a chuva e a minha morada

Eu queria um sonho a mais para viver
E uma razão a menos para morrer

Eu queria um sonho de amor proibido
Igualmente, queria ter um coração mais sabido

Uma dádiva é um caminho sem pesar
Um céu sem nuvens a chorar

Eu queria uma vida banhada pela calmaria
E, mormente, pela alegria

Todavia, dentro de mim não havia resposta
Então peguei minhas perguntas e fiz uma aposta

Eu apostei comigo que um dia eu conheceria o amor
No fim não ganhei nada, nenhuma flor

Só tive da flor os seus espinhos
E do labirinto mil caminhos

Porém superei todas as tristezas
E minha procura encontrou algumas certezas

Eu chorei de barriga cheia
E descobri que os sonhos são como uma teia

As quimeras constroem-se aos poucos e são tão frágeis
Enquanto os empecilhos são tão ágeis

Eu caminho hoje com a certeza
Enxergando na vida a beleza

Da minha janela vejo a terra, observo a chuva e abraço o céu
Da minha sacada vejo o mar e todo humano escarcéu

Eu não preciso de mais nada
Tenho ar, tenho amor e tenho minha inabalável morada
           
                                                               Tiago Quingosta