26 setembro 2011

To glide...


Planar

A lua está plena, pendendo no azul anil
Atordoa-me uma saudade imensurável e senil

A tua ubiquidade é sentida mesmo quando estás a partir
Até na hora em que me inclino a dormir

Aquele que agora começo a seguir...
Faz o chão sumir, e o céu, dentro do coração, como aquele antigo mar, se abrir

Em meus devaneios, aguardo por ti ansiosamente,
Para que com um ósculo faça-me adormecer serenamente

Como se a jornada não possuísse gênese nem final
A tua ternura conduz-me ao caminho sem plúvio no meio do temporal

Aquilo que neste momento começo a sentir...
Faz o chão sumir, e o céu, dentro do coração, como aquele antigo mar, se abrir

O teu amor mostrou-me por onde recomeçar, por onde me encontrar, por quem me entregar
E ao teu lado quero sempre estar... Estar, ficar, cantar, sonhar, amar... E abundantemente amar

Nunca sondei algo com tanta veemência
Não consigo esquivar-me de sucumbir à rendição da minha carência

Aquela emoção que hoje me fez sorrir...
Faz o chão sumir, e o céu, dentro do coração, como aquele antigo mar, se abrir

Por ti...
Senti...

Nos teus braços eu quero sucumbir e soçobrar
O fundo não vou atingir, porquanto nas tuas nuvens eu consigo planar

Aquilo que nesta hora não posso medir...
Faz o chão sumir, e o céu, dentro do coração, como aquele antigo mar, se abrir

Fantasias e quimeras aqui e ali. Num quadro que não se pode pintar
E com cores ordinárias não poderia nem almejar

Ao teu lado quero vislumbrar o azul-esverdeado do mar
E da nossa simbiose não pretendo jamais escapar

Aquele com o qual esta vida desejo dividir...
Faz o chão sumir, e o céu, dentro do coração, como aquele antigo mar, se abrir

O teu ósculo vem, novamente, cala os meus receios
O teu amor suprime todos os meus freios

Leva-me para onde quiser
Eu abraçarei contigo tudo o que vier...

Aquele que está por vir...
Faz o chão sumir, e o céu, dentro do coração, como aquele antigo mar, se abrir

É paixão e é amor
O que temos é uma mistura, o que eu emano é o teu ardor

Não me resta mais nada Odisseu
A não ser ratificar que sou teu...

23 setembro 2011

Trauma

trauma

Trauma,
Do grego “ferida”
Do coração,
Farpas
Foi causado pela ilusão
Que me escapou
Não consegui evitar
Finquei as raízes no teu quintal e as garras no teu coração, como se meu fosse
Isto porque tu me deste mais carinho do que devia
Apresentasse-me para quem não deveria
Foste atrás de mim
Como um cachorro
E agora tu trazes teu herbicida, teus serrotes, tua motosserra
Despejas sal em minha base
Corta-me
E agora nada restou
Ainda despejas óleo no que acredita que sobrou
Mas nada restou
Exceto o trauma
Do grego “ferida”
Do coração farpas
Dos olhos cegueira
Do fundo da alma, ódio

21 setembro 2011

Cold Reveries of a Lost and Delirious Boy




Cold Reveries of a Lost and Delirious Boy

Who is to blame???
Don’t blame my hollow heart!
Don’t blame your anorexic doll!
Oh…Don’t you dare…
Blame God if you want to…
We aren’t saints…I’m not holy just like you
But…I am empty just like you…
Who will sink??
Who will get lost?
Isn’t me I’m sure
I will not!!!
Whose else might it be???
Everything is your fault
You were a starfish
You used to haunt me
You used to hunt me
You used to hurt me
Somehow I know
I’ll wipe all the teardrops
Cold fucking raindrop on my skin
Cold kisses, it’s what I want
YOU ARE A LURID SUN
Let’s make a bonfire
Let’s scream until you die
Her heart is like a shell
I’m an eagle
His ego is so big
Her lips are red as blood
His words are trivial
4 Christ sake
You’re so disgusting
While you lie to all of them
I lie to myself
This crime is yours
Shame, despair
Isn’t the first and not the last time
That I blame myself
4 being with you
So much noise
It’s time to grow
And leave you behind
The bleak star of the night shines once again
Come with me, let’s cum.
Don’t cry
When I sleep
My nightmares find me
Weak and unconscious
La…La…La…
The queen bees are hurting my skin
And when my reveries sink into my soul
I…Sink…
Into your grief
Love is not what we all thought
And I’m falling
Deeperanddeeperanddeeperanddeeper
No words
God is watching you
While your pain is my woe
Are you a friend or foe???????
Lah ri lah ra la..
The child is dead inside of you
The house is a mess
Let’s kiss those who we want to kill
Until I get tired will you cut my skin?
And paint the pillow with my blood
Paint the sky too
It’s watching over you
I don’t like to cook
I like to clean your dirt
Come closerandcloserandcloser
You are so….Sweet
Wish I could eat you
Until I get so sick
Will you steal the keys of my secret world???
Indeed. I. Want. To. Bury. You. Alive
You know who is
The vengeance is a bitch!

17 setembro 2011

Dica de livro para o fim de semana


AS FLORES DO MAL (Les Fleurs du Mal) - CHARLES BAUDELAIRE

Simbolismo francês da mais alta excelência. Foi Baudelaire o pai dos poetas malditos, aquele que fundiu o grotesco ao romântico. Os poemas mais antigos do livro são de 1841 e nem todos são sonetos. Destaco os que mais gosto: "A morte dos pobres", "Spleen", "O morto alegre" e "Tristezas da Lua".

Bom final de semana!

16 setembro 2011

Autumn Leaf






Folha de Outono

Folha do outono
Meu amor sempre retorna
Para o seu dono

Olha para o céu
É a chuva primaveril
Meu amor está ao léu